quem somos
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A Companhia Aves Extraviada nasceu da necessidade de se reviver a poesia em tempos tão sombrios.
Alçar voos em meio a poesias é a proposta desta Cia composta por Aves que acreditam na Arte como um meio de transformação social.
Com os filhos e filhas da Casa de Ensaio, resgata-se a teatralidade de forma única dirigida por Lais Dória , e a possibilidade de se criar sem barreiras e explorar todos os viés da criação e brincadeiras.
A Companhia hoje tem sua linha mestre em Manoel de Barros, este que trouxe a essência da imaginação e singularidade ao apresentar "Aves Extraviadas", que foi a nomeação escolhida por estes que a compõem.
A Cia Aves Extraviadas possui no rosto um sonho de poder voar através da arte.
cia. aves extraviadas
Documentário - In process
poeminha em língua de brincar
sinopse
A Companhia Aves Extraviadas adentra ao universo de Manoel de Barros através da declamação do POEMINHA EM LÍNGUA DE BRINCAR, proporcionando ao público uma imersão na linguagem do poeta regional com todo seu ponto de vista único e minimalista de explorar o mundo, nesta história do garoto que tinha no rosto um sonho de ave extraviada e acredita que a poesia é mais que seguir a Dona lógica da razão. Um coletivo que nasceu da necessidade de viver e espalhar poesia leva o público a florear com Manoel.
ficha técnica
direção artística: lais doria
elenco: companhia aves extraviadas
reverberações da
FLIBonito 2023
​Aves extraviadas
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Não bastasse o vigor e a beleza do texto de Manoel de Barros (“Poeminha em língua de brincar”), a interpretação primorosa dos atores e a contemporaneidade da direção da talentosa Laís Doria fez do espetáculo um dos melhores momentos da FLIBonito.
Um figurino despojado e criativo emoldurava a alta expressividade dos atores, as Aves Extraviadas, que pousaram no Espaço Fala Natureza da FLIBonito.
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O verso “Ele tinha no rosto um sonho de ave extraviada“ começa compondo a cena ressoando por uma das “aves” no palco e vai ecoando na voz das outras aves que, misturadas à plateia, tecem etéreo diálogo enquanto reverbera no ambiente “Ele tinha no rosto um sonho de ave extraviada“.
A dinâmica das vozes ganha movimento enquanto as aves se deslocam para o palco, uma a uma, em dissonante sincronia.
Reunidos num corixo imaginário, a algazarra das vozes desencontradas camuflam e revelam outros versos do poema, que vão sendo audíveis em fragmentos e que vão se completando, dissolvendo-se e recompondo-se em precioso jogo semântico.
A inquietude das aves as faz alçar pequeninos voos sobre a plateia, atingindo o ponto alto do espetáculo: cada ator/atriz vai encarando, individualmente, cada espectador, provocando emoção e encantamento, quer por meio de intensa expressividade interpretativa, quer pela sintaxe do poema que vai se revelando e produzindo novos sentidos.
A competente condução cenográfica de Laís Doria produz um espetáculo surpreendente, lúdico, contemporâneo, por meio de uma linguagem cênica despojada e autônoma, que permite que apresentações aconteçam nos mais diferentes espaços, para diferentes públicos, levando emoção e beleza. Isso é arte! “
Obs.: Ao término, ao sair do lounge, na Praça da Liberdade os artistas foram saudados por densa revoada de periquitinhos, que, em alegre algazarra disputavam a pousada da noite nas árvores. Era o aplauso da natureza!
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Rita de Cássia Pacheco Limberti
Semioticista e crítica de arte
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Serviço:
FLIBonito - Feira Literária de Bonito
8/7/23 - sábado
Espaço Fala Natureza (lounge)
Apresentação: Aves extraviadas
Casa de Ensaio - Campo Grande